Depois de dois anos de mistério, a causa da queda do avião Airbus A330 da Air France pode ser finalmente elucidada. As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas e recolhidas, a cerca de 4 mil metros de profundidade do Oceano Atlântico pelo robô Remora 6000, da empresa americana Phoenix International. Em seu primeiro mergulho nas buscas do voo AF 447, a máquina, guiada por técnicos a bordo do navio Ile de Sein, achou o chassi do equipamento que grava os dados. Nos dias seguintes, o Remora resgatou as duas caixas e passou a auxiliar no resgate dos corpos. O robô tem tradição em buscar peças perdidas no fundo de oceanos e, há mais de 10 anos, participa de missões que incluem a captura de restos de mísseis, aviões e submarinos.
Conhecendo um pouco mais o nosso herói
Rêmora 6000
Fotos: Phoenix International
O Remora 6000 integra a família dos Veículos Operados Remotamente (ROV). O desenho do aparelho é projetado para ser de fácil transporte.
Normalmente usado em atividades de exploração de petróleo submarinas, o robô é equipado com câmeras, "braços" articulados e é capaz de manipular equipamentos para cortar fuselagens.
Sua Composição
Fotos: Phoenix International
O sistema do Remora 6000 é complexo e inclui um veículo, cabo de fibra óptica, guincho, sistema para lançamento e recuperação, além de dispositivos de manutenção. Seu tamanho foi arquitetado para poder ser transportado facilmente tanto por ar como pela água, em qualquer parte do mundo.
Além da coleta debaixo da água, o Remora pode ser utilizado para pesquisa, documentação visual, instalação de equipamentos e suporte a cabos submarinos.
Como Funciona
Fotos: Phoenix International
O pequeno tamanho do robô permite que o veículo se desloque com precisão em espaços apertados. O Remora 6000 é controlado remotamente por operadores. A máquina é composta por duas câmeras: uma auxilia a navegação e a outra, a busca em meio aos destroços.
As imagens coletadas pelo robô e o fornecimento de energia são transmitidos por meio de cabos de fibra ótica que ligam o equipamento ao navio. As caixas-pretas foram recolhidas pelo Remora com auxílio dos braços mecânicos. Os equipamentos do Airbus foram colocados em uma espécie de gaiola, afixada com um cabo na parte de baixo do robô e transportada por cerca de 4 km.
O Remora 6000 conta com 25 cavalos de potência, quatro propulsores laterais axiais e dois verticais, altímetro, sensores de pressão, scanner sonar e lâmpadas.
Com todos os periféricos, chega a pesar 900 kg e atinge 1,7 m de comprimento, 1 m de largura e 1,2 m de altura. Tem capacidade de operar em até 6 km de profundidade.
Transporte
Fotos: Phoenix International
Ainda no navio, a Phoenix oferece um sistema de transporte compacto para o robô ser colocado na água e retirado depois. Um guincho é usado como elevador, com cabos de 6,7 km de comprimento que pesam 23 t.
A base do sistema mede 6,5 m de comprimento, 2,6 de largura e 2,5 m de altura. É nele que o Remora 6000 é colocado para ser transportado, depositado, lançado na água e recuperado posteriormente.
Bom, o principal objetivo deste artigo foi mostrar aos leitores um pouco do Robô que tem se destacado na mídia pela conquista de encontrar as caixas do vôo Air France. Esperamos que seja definitivamente desvendada as reais causas do acidente, e que as inovações tecnológicas continuem nos impressionando com suas capacidades de alcançar o inalcançável.
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